segunda-feira, 14 de novembro de 2011

TEXTOS: MUSEUS E INCLUSÃO SOCIAL e MUSEU E EDUCAÇÃO: CONCEITOS E MÉTODOS


Escreve “Gabriela Aidar” sobre a Inclusão Social. Em seu texto ela preocupa-se num primeiro momento a esclarecer aos leitores sobre o termo “exclusão social”. Descreve a Nova Museologia, a partir dos anos de 1960 e do compromisso social, mudança desenvolvida com as novas práticas nos museus e o uso de seus acervos nas ações educativas.
Neste particular, estou constantemente a refletir sobre: qual o papel a ser desempenhado pelo museu, que não o social? E de como as instituições definem, ou o que definem em termos de acervos, sem considerar a comunidade como um agente social capaz de recorrer e utilizar-se de objetos, saberes e fazeres que lhes fazem referência? O que muitas vezes não encontram correspondências nos museus.
AIDAR elenca três níveis de atuação dos museus: Os níveis “individual”, “comunitário” e o “societário”. O museu objetivando trabalhar nestes três níveis contribuirá, a partir da ação educativa e cultural, com a auto-estima pessoal e o senso de pertencimento, nas três esferas: do indivíduo enquanto cidadão; no fortalecimento de comunidades e grupos sociais que trabalham em torno do bem comum, na tomada de decisões através de uma prática democrática; e por fim, na esféra societária quando o museu preocupa-se com a inclusão e criação das narrativas, trazendo os grupos que se encontram marginalizados para fazer parte das escolhas e formação do próprio acervo, ou por estabelecer relações, através destas narrativas com as coleções das instituições museais, na ação educativa e cultural promovida na instituição.

Magaly Cabral, ao falar de museus e educação faz referência ao texto de Gabriela Aidar no que se refere às possíveis contribuições do museu e das formas de inclusão sociocultural através das políticas públicas participativas, “onde os excluídos sejam agentes nos processos que busquem a sua inclusão, uma vez que participação é, nela mesma uma forma de integração”.
No texto em questão, cita dois autores: John Falk e Lyann Dierking, dos quais chamam a atenção para três contextos que influenciam a visita ao museu:
·        O contexto pessoal, considerando-se que neste contexto estão presentes as experiências e conhecimentos, os interesses, motivações e as relações próprias do individuo;
·        O contexto social, relacionada a companhia, do visitante estar só, ou com um grupo, ou familiares e da própria equipe dos museus;
·        O contexto físico, o que compreende os aspectos arquitetônicos do edifício, dos objetos que estão expostos e do ambiente.
Diz que é com estes contextos que devemos considerar na ação educativa, somada a comunicação baseada na ação dialógica: “uma ação que dá voz e ouve o visitante”.
Trata das possibilidades reais e as decisões de política cultural contemplem o acesso à informação, com direito à produção das obras culturais através da Cidadania Cultural e do investimento social.
O papel do educativo dos museus, penso que deva ser o de construção e reconhecimento do individuo enquanto cidadão. De que o conhecimento e a cultura (assim como está conceituado no texto), só serão possíveis com a participação ativa deste, que ao reconhecer-se nas narrativas do processo educativo e cultural, também estabelece uma postura diante deste quadro como agente criador e transformador, dentro dos grupos e territórios onde estão inseridos.
Concluo meu comentário com duas frases da autora, em relação ao papel do museu e educação: “Ele deve estar comprometido com a produção de conhecimento.” e “A democratização do museu está, portanto diretamente ligada à atribuição de seu papel educativo.”

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